quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A velhinha e as sementes

Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica.Todos os dias ele pegava o ônibus e viajava cinqüenta minutos até o trabalho.À tardinha, fazia a mesma coisa, voltando para casa. No ponto seguinte ao que ele subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela.Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus. Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa, e nos outros dias também.Certa vez, o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:- Bom dia desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?- Bom dia - respondeu a velhinha -, jogo sementes...- Sementes?... Sementes de quê?- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia... Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho... Imagine como seria bom.- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?- Acho meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.- Mesmo assim, demoram muito para crescer, precisam de água...- Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se alguém não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.Dizendo isso a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou o seu trabalho". O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio "caduca". O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto...Olhou para fora e viu, na beira da estrada, margaridas, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada, linda. O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e... nada! Acabou perguntando por ela para o cobrador, que conhecia todo mundo.- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado. O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela e sentiu uma lágrima correr pelo rosto e um sorriso desabrochar em sua face. "Quem diria, as flores brotaram mesmo...Mas, pensando bem, de que adiantou o trabalho da velhinha?A coitada morreu, e não pôde ver esta beleza toda pela qual ela fora responsável..." - pensou o homem. Nesse instante, ele escutou atrás de si uma gostosa risada de criança. Num banco logo atrás, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:- Olha, mamãe... que lindo! Quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis? E as branquinhas?Então o homem entendeu o que a velhinha tinha feito... Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, ela devia estar feliz, afinal, tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e, com um sorriso maroto nos lábios, tirou um pacotinho do bolso. (Autor desconhecido)

Aprender trocando

Lendo Maturana, percebi que ele tem muitos pontos em comum com a teoria de Erickson, como a compreensão de que tudo que vivenciamos, as escolhas que tomamos, irão refletir em nossa vida. Maturana fala mais sobre o lado social do indivíduo, de como as relações que temos com outras pessoas podem influenciar nossas vidas. Muitas pessoas acreditam que não precisam de outras, o que é um engano. Essas pessoas podem deixar de emocionar-se e perder muitas coisas boas em suas vidas. Tão importante quanto o meio que vivemos, as experiências que vivenciamos é a troca com o outro, na aprendizagem temos um exemplo claro do que Maturana diz, geralmente aprendemos com mais facilidade com alguém por quem simpatizamos, gostamos. Ele fala tb do poder que todo ser vivo tem de estar sempre em movimento, chamado autopoiese. A teoria de Maturana fala sobre a importância das trocas entre os seres vivos, pois somos todos parte de um único sistema e portanto cada um é importante e depende do outro.

Lutar é preciso

Sou professora nomeada pelo estado desde 2000, sou filiada ao CPERS Sindicato. O problema primordial nesse país é que a educação não é vista como a base de tudo. Os governos iludem a população com promessas de resoluções de problemas, como a saúde e a segurança, fazendo com que todos não percebam que um povo sem educação, sem cultura, nunca crescerá de verdade. Concordo com o que a colega Zilá escreveu e me sinto revoltada e também culpada por toda a situação que estamos vivendo em nosso estado. Nós professores tínhamos que estar todos em greve, mas sentimos medo, medo de não recebermos nosso dinheiro no final do mês, medo do que pode vir a acontecer, infelizmente mudanças só acontecerão se nós mesmas lutarmos por isso...as mudanças começam pela base, não vem de cima. Existe um plano de carreira, que não funciona, temos um baixo salário, faltam profissionais nas escolas e estamos vivenciando agora um momento de retrocesso na educação do nosso estado, onde pessoas que não entendem nada de educação querem empurrar \"goela abaixo\" projetos pedagógicos comprados, vindos de fora do estado, quer adotar medidas para avaliar e premiar as escolas e os professores que conseguirem boas notas, não levando em consideração as diversas realidades que são encontradas de região para região, escola para escola...é um absurdo, revoltante! E pior que isso é que estamos aceitando tudo quietas, precisamos tomar atitude(falo isso pra mim mesma!) afinal só seremos valorizadas como profissionais da educação quando nós mesmas nos valorizarmos e lutarmos para participar de todas as decisões que dizem respeito ao nosso trabalho.

Conselhos Educacionais

Penso que a educação brasileira já deu muitos passos importantes para alcançar uma melhor qualidade. O fato de termos conselhos que fiscalizam as verbas destinadas à educação já é algo que colabora para que os recursos não sejam desviados, como acontecia bastante em outros tempos. Porém, penso que esses recursos ainda são poucos para que a educação pública no Brasil consiga atender as necessidades da população, de acordo com a realidade social em que vivemos. No caso da merenda escolar, penso que demos um grande passo.
Atualmente, a verba é repassada diretamente para as escolas, o que melhorou muito a qualidade da merenda escolar, pois é possível comprar alimentos mais de acordo com as preferências das crianças, observando costumes regionais e clima, por exemplo. Além disso, os alimentos são sempre de boa qualidade, fresquinhos e entregues no dia de seu consumo, no caso dos perecíveis. Existem também órgãos que visitam as escolas a fim de observar se todas estão regularizadas e as merendeiras têm encontros com nutricionistas e técnicos para melhorar cada vez mais a qualidade da merenda. A merenda escolar é uma parte importante na educação recebida nas escolas públicas, pois é um complemento na alimentação dos alunos.
Porém, ainda há vários “setores” em que a educação precisa ser melhorada, ainda existe muita burocracia no repasse de verbas para as escolas. Claro que é importante ter um controle, afinal trata-se de dinheiro público, mas penso que poderia ser mais simplificado, como por exemplo, uma verba única que poderia ser administrada pela escola, de acordo com as suas necessidades. Além disso, a verba é insuficiente, para atender a todas as necessidades que a escola necessita.

PPP e Regimento Escolar

Através da leitura do texto: organização Curricular da escola e avaliação da Aprendizagem, O regimento e o PPP de nossa escola percebo que temos uma boa construção escrita de como fazer a educação, porém, na prática não colocamos tudo o que está explícito em nosso PPP. Percebo que na escola onde trabalho, há muitas pessoas com boa vontade, que se esforçam para fazer o seu melhor, ao mesmo tempo vejo colegas desanimadas, que não acreditam mais no poder da educação, além de tudo isso a falta de alguém que possa direcionar o grupo num mesmo caminho, que traga motivação e união ao grupo contribui para que a escola tenha muitas dificuldades. Nosso PPP foi construído por todos, fizemos às pressas, lendo o material que havia chegado na escola, tentando adequá-lo à nossa realidade, é claro que todos têm a intenção de que os alunos aprendam e de que sejam cidadãos conscientes e felizes, mas há uma série de fatores que fazem com que ainda haja uma longa distância entre as intenções de nosso PPP e aquilo que acontece na prática docente. Enquanto a educação não for prioridade para todos nesse país, não conseguiremos mudar a sociedade e tudo que é reflexo dela. Passamos agora por eleições municipais e vimos nas campanhas prioridades como a saúde e a segurança, ora, a educação deveria ser prioridade em primeiro plano, pois, somente a partir dela podemos sanar todas as outras dificuldades que acontecem no país. Tendo educação básica de qualidade para todos, teremos um povo mais culto, consciente de que todo ato tem uma reação. Penso que o que pode fazer a diferença nesse momento da educação no Brasil, são os professores, que devem acreditar no poder que têm em seu trabalho, somos formadores de opiniões, e temos um papel importante sim. Se quisermos que nossa profissão seja valorizada por toda a sociedade, devemos começar por nós mesmos dando ao nosso trabalho a verdadeira importância que este tem. Leis e normas são muito importantes, pois asseguram a integridade, a unidade do trabalho, mas se as ações tomadas não forem condizentes com o que está escrito, então de nada adianta ter no papel uma bela proposta, norma ou projeto. E como dizia uma frase que ouvi essa semana “de leis o Brasil está cheio”, porém o que vemos é que muitas delas não são nem conhecidas, quanto mais respeitadas. A educação é a única solução para tornar nosso mundo um lugar melhor pra se viver. Quanto a avaliação, temos em nossa escola a proposta de que esta deve ser contínua, feita em todos os momentos, também não usamos mais as notas e sim parecer descritivo, o que na minha opinião facilita, pois é possível avaliar o crescimento do aluno de uma forma mais justa.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aprendizagens na vida adulta.

Ser considerado adulto é algo relativo, pode variar entre as culturas sociais, ou até em conceitos. Assim também ocorre com a aprendizagem. Cada pessoa aprende do seu jeito, no seu tempo, dependendo da realidade que está inserida (classe social, econômica, cultura) e também das suas aprendizagens anteriores, daquilo que já vivenciou, experimentou e aprendeu. Portanto, acredito que todas as pessoas, nas variadas idades, têm seu tempo, ninguém aprende ao mesmo tempo.
Crianças aprendem relacionando-se com o outro e com o mundo a sua volta, em relações interindividuais, os adultos também aprendem com a interação com outras pessoas e com o mundo que os rodeia, porém, além disso, “interage” com suas idéias e conceitos já formados, suas opiniões sobre tudo que está a sua volta, são relações transindividuais.
O universo adulto é rodeado por idéias sobre o mundo, sobre ele mesmo e sobre as suas idéias, estamos constantemente racionalizando o que conhecemos de novo. “A educação é um processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro” (Maturana).
Penso que as relações professor-aluno trazem muitas aprendizagens, o próprio convívio pode levar à reflexão e transformar as idéias, tanto do professor, quanto do aluno. Como professora, percebendo minha trajetória profissional, percebo que já amadureci muito com a prática, principalmente no modo de conviver com os alunos. Não adianta o professor estudar, se especializar se não aprender há conviver com seus alunos, não colocar em prática seus conhecimentos e avaliar o que realmente funciona.
O ser humano está em constante transformação e está sempre crescendo e amadurecendo, mesmo assim, nada garante que um dia saberá conviver com os outros de forma perfeita e muito menos que aprenderá tudo. Acho que com o tempo acabamos ficando mais serenos e entendemos que a beleza da vida está em buscar sempre novos conhecimentos e continuar sempre a aprender.

Educação: Responsabilidade de todos.

Nosso país é organizado de uma forma federalista, ou seja, temos municípios que fazem parte de um estado e esses por sua vez fazem parte de um país, sendo que, o país deve zelar pelo bem de todas as “federações”, assim como os municípios e estados devem fazer a sua parte, de acordo com suas funções para que o país progrida.
Da mesma forma está organizada a educação, pelo menos no papel. A legislação deixa claro as funções dos municípios, estados e do país, dizendo o que compete há cada um no que diz respeito à educação pública, assim o país deve ser responsável pela educação superior, o estado deve priorizar o ensino médio e os municípios o ensino fundamental e a educação infantil. Diz a lei também que todos os âmbitos devem estar unidos em prol do bem da educação, que mesmo que não seja necessário ofertar algum nível de ensino, ele deve ser garantido. Por exemplo, o estado, não é obrigado há ofertar o ensino fundamental, nas séries iniciais, mas deve garanti-lo e criar condições para que este seja oferecido pelo município ou até mesmo oferecê-lo, se necessário.
Assim há uma descentralização do poder, várias esferas do governo podem tomar decisões, claro, sempre respeitando a constituição. É uma forma mais democrática de governar, pois assim, o governo fica mais próximo do povo e consegue observar as necessidades, as características que a sua região tem. Num governo democrático, em um país tão grande, é uma forma de garantir a unidade de todo o estado. Assim sendo, também no que diz respeito à educação deve-se seguir os mesmos preceitos. Segundo a legislação os estados devem assegurar o ensino fundamental e oferecer o ensino médio com prioridade. Os municípios devem oferecer o ensino fundamental e educação infantil, podendo oferecer educação em outros níveis de ensino quando supridas as necessidades básicas. O estado (país) deve zelar por estados e municípios e garantir a oferta de educação.
Porém, vemos muitas contradições entre a lei e a prática. Trabalho em uma escola estadual e vejo que ao invés de colaboração, existe um empurra-empurra de responsabilidades e podemos ver até muitas irregularidades. O município mantém uma escola que oferece ensino médio, sendo que muitas crianças esperam na fila por vagas em creches. A prefeitura não vê as escolas estaduais como parte do município, pois quando há eventos as escolas estaduais raramente são convidadas. A coordenadoria também não vê as escolas municipais como parte das responsabilidades do estado. Nem mesmo as verbas são respeitadas, está estabelecido em lei quando deve ser destinado à educação da renda de municípios, estados e do país e a verba que vem do estado não está sendo paga por completo. Enfim, são vários absurdos cometidos contra a educação. E para que as coisas comecem há funcionar como são previstas em lei cabe há todos nós fiscalizarmos o que está sendo feito e exigir que todos assumam compromisso com a educação do nosso país, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Pois somente com uma educação de qualidade seremos uma nação soberana, com cidadãos dignos que valorizam o trabalho, a livre iniciativa e o pluralismo político, enfim, viveremos uma real democracia.

Democratização da educação e gestão democrática.

Para que aeducação seja realmente democrática, é necessário que ela seja um direito garantido para todos e que seja construída por todos. É preciso que haja a democratização da educação, ou seja, que todos tenham garantido o direito de uma educação pública e de qualidade, como também que essa educação seja construída com a participação de todos, ou seja, através da gestão democrática.
A democratização da educação visa garantir a todos o direito à educação, porém, não pressupõe a participação efetiva dos envolvidos diretamente no processo educativo.
Na gestão democrática da educação todos têm o direito de decidir os rumos que serão tomados para o bem de todos. É indispensável que haja a participação de todos em todos os âmbitos educacionais, para que juntos possam exigir do estado condições para funcionar com autonomia e qualidade.
Observando o mapa conceitual da gestão democrática educacional no Brasil, percebo que em minha escola já temos muitas dessas atitudes. Trabalho em uma escola estadual de ensino fundamental de séries iniciais, a prestação de contas é feita sempre de modo que todos possam tomar conhecimento dos gastos, além disso, são realizadas muitas reuniões para que todos decidam juntos onde serão gastas as verbas. A escola conta com o CPM que representa a comunidade escolar e que atua nas decisões administrativas da escola. No campo pedagógico, penso que ainda temos algumas coisas há mudar. Temos muitos pontos positivos, pois são feitas reuniões onde os pais tomam conhecimento do modo de trabalho e dos conteúdos, porém eles não têm acesso ao PPP na íntegra. Além disso muitas decisões vêm de cima, sem que os professores possam decidir em conjunto o que fazer.
A escola é aberta para a comunidade sempre que necessário e todos são tratados com respeito e tem acesso às informações que procuram.
Penso que o ideal seria que todos pudessem opinar em todas as decisões e que a vontade da maioria sempre prevalecesse, todos poderiam receber informativos mensais dos rumos que a escola está tomando, decisões, gastos, projetos. Além disso, seria interessante renovar o PPP para que se adequasse às necessidades que vão surgindo.
A gestão democrática é um passo importante que precisa ser vencido pela escola, pois assim poderemos formar pessoas capazes de decidir, de construir juntas uma escola, uma sociedade melhor. È um meio, também, de fazer com que a democracia realmente aconteça nesse país.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Avaliação do trabalho de Projetos de Aprendizagens.

Gostei muito do modo como iniciamos o trabalho, porque nos possibilitou primeiramente pensar sobre que assuntos nós queríamos aprender, afinal na nossa condição de estudantes, professoras, mães e donas de casa, muitas vezes não tiramos tempo para nossas conquistas pessoais, ler o livro que temos vontade ou pesquisar sobre um tema que nos traga bastante curiosidade.
No início custamos a nos entrosar enquanto grupo, mesmo porque estamos bastante acostumadas ao trabalho individual e tivemos que aprender muitas coisas para poder trabalhar cooperativamente. Cada pessoa tem seu ritmo de trabalho, além das suas dificuldades, e seu modo de vida, portanto é bastante difícil que todas as integrantes possam contribuir da mesma forma para o andamento do trabalho, mas acima de tudo é preciso ter respeito e consideração pelos colegas e entender que todos tem vida pessoal. Quero agradecer muito às minhas companheiras de grupo que tiveram muita paciência comigo, pois além de ser uma pessoa bem desorganizada, tenho um acesso à internet que funciona quando quer, portanto nem sempre consegui contribuir do mesmo modo que minhas colegas.
Sobre o tema de nosso projeto, posso dizer do enorme prazer que senti com as descobertas que nosso grupo fez, sempre tive muito interesse em conhecer mais sobre esse tema e poder discutir sobre as diversas questões envolvidas, éticas, religiosas, políticas, sociais, jurídicas e, claro, biológicas-científicas, Afinal trata-se da descoberta da medicina mais importante nos nossos tempos. Acima de tudo, pensar o quanto essas descobertas vão trazer benefícios às pessoas, algumas já vemos agora e com certeza no futuro muitas outras virão.
Quanto à metodologia de trabalho, penso que apesar das dificuldades encontradas, tivemos muitas aprendizagens. Aprendemos como pesquisar sobre o assunto ns diversos sites, trabalhamos com entrevistas, assistimos vídeos explicativos, trocamos idéias, utilizamos novas tecnologias para poder enriquecer nossas postagens no pbwiki, mas a maior aprendizagem, além do que aprendemos em relação ao tema, as técnicas e recursos que usamos para elaborar o projeto, foi o trabalhar através de perguntas, partindo de questões iniciais, com assuntos de nosso interesse e em grupos de aprendizagens, muito interessante e nos proporcionou uma experiência que poderemos a longo prazo colocar em nossa prática docente.
Penso que ainda não me sinto segura para trabalhar desta forma com meus alunos, mas posso aos poucos fazer tentativas para poder colocar em prática este modo de trabalhar que necessita da participação e comprometimento de todos os envolvidos. Acredito que este modo de trabalhar faz com que o aluno realmente construa o conhecimento, pois além dele pesquisar sobre um assunto do seu interesse, será ele quem irá buscar respostas para os seus questionamentos, fazendo com que seja autor principal de suas aprendizagens.
O trabalho com projetos de aprendizagens foi mais um aprendizado marcante no PEAD, pois tenho certeza que irá refletir em nossa vida profissional, possibilitando que façamos nossa parte na história da educação em nosso país, que está necessitando de muitas mudanças, que devem começar por nós professores, que temos o poder de formar cidadões. Como diz a música "...na sala de aula é que se forma o cidadão, na sala de aula é que se muda uma nação..." (Leci Brandão)

domingo, 17 de agosto de 2008

Planejamento de Tempo.

Realizando esta atividade percebi que meu tempo não é bem planejado. Sigo uma rotina para algumas coisas, como o horário de ir pra escola, por exemplo. Já em outras atividades, geralmente as que dependem somente de mim, vou encaixando no meu tempo, conforme necessidade e prioridade. Pela manhã, fico sozinha com meus filhos em casa, não consigo usar este período para me dedicar às atividades do PEAD. Somente à noite, quando meu marido chega em casa, é que posso me concentrar com calma e me dedicar ao curso. Tentei ser o mais fiel possível na descrição do meu planejamento, porém, sempre aparecem imprevistos e temos que adaptar nosso tempo conforme nossas necessidades. Minha conexão nem sempre "funciona" quando eu quero, assim preciso adaptar meu planejamento de acordo com as dificuldades que vão surgindo.

Que aprendizagens se consolidaram no preparo e realização do workshop?

Penso que na preparação do workshop, me preocupei em apresentar algo dentro do tempo estipulado, que facilitasse a minha apresentação e que fosse claro para quem estivesse assistindo... Claro que nunca sai como planejado, afinal durante a apresentação temos a interação de todos, o que enriquece o nosso trabalho e a apresentação, pois trocando idéias e fazendo questionamentos podemos explorar e relacionar as aprendizagens de todos durante os semestres. Percebendo que o PEAD é um curso em que a cooperação é fundamental. Você aprende com a troca entre todos!

Que aprendizagens se consolidaram ao preparar a síntese-reflexão?

A realização do trabalho da reflexão síntese, nos possibilitou pensar sobre nossas aprendizagens durante o semestre. Penso que esse momento de refletir sobre nossas aprendizagens nos amadurece enquanto estudantes, pois podemos observar nossa trajetória e ver o quanto somos responsáveis por aquilo que aprendemos. A aprendizagem é uma troca e portanto nós precisamos estar abertos, para que aconteça a interação.

domingo, 6 de julho de 2008

O espaço que ocupamos através do tempo!

Penso que neste semestre o que ficou mais evidente entre minhas aprendizagens é a importância de trabalharmos as noções de espaço e tempo com nossos alunos, tanto no enfoque dos Estudos Sociais, quanto em Ciências e também na Matemática. Percebi que não devemos trabalhar com os conteúdos de forma separada, pois eles vão se completando, e os alunos vão integrando os novos conhecimentos com aquilo que já trazem consigo. Nas atividades de Ciências podemos ver que a construção de espaço e tempo também é uma questão de entender os ciclos da natureza e como estes influenciam em nossa vida. Percebi que estudar Matemática serve basicamente para entendermos, medirmos, quantificar, projetar o espaço e o tempo que temos, enfim, não há como dissociar uma disciplina da outra, pois elas se completam.

Tempo e Espaço

Claro que já sabia que temos que trabalhar essas noções com nossos alunos, mas não conseguia compreender de que maneira poderia fazer isso de uma forma construtiva. Através das leituras e das diversas sugestões de atividades, pude ver o quanto podemos fazer usando coisas simples. Fiz com meus alunos um calendário, onde é possível ver a sucessão dos dias do mês e da semana, temos um calendário convencional na sala, mas penso que essa observação é bem importante para que os alunos possam perceber os conceitos de duração e sucessão do tempo. Além disso trabalhamos com as rotinas de cada criança, com a rotina e os horários da nossa turma, como também com brincadeiras que utilizamos para contar espaços de tempo. Para trabalhar com a noção de espaço, preparei atividades onde a criança deve dizer sua localização em relação a outros colegas, também representações de espaços através de desenhos, brincadeiras variadas que trabalham a noção de dentro, fora, perto, longe, esquerda, direita, como também brincadeiras de seriação e classificação, que são trabalhadas em Matemática, mas que não podem ser vistas separadamente no processo de aprendizagem, afinal o aluno nem precisa saber de que disciplina se trata, deve entender os conhecimentos como importantes para sua vida.

Equilíbrio!

Quero deixar aqui algumas reflexões que tive após assistir ao vídeo "Balance"
Quando um indivíduo age, essa ação gera uma conseqüência, que pode ser boa ou ruim, dependendo da ação. O vídeo ilustra bem essa situação, quando um dos habitantes faz algo que desequilibra todo o espaço e prejudica a todos. Assim também podemos observar no espaço onde vivemos, onde ações individuais desequilibram todo um espaço utilizado por muitos.
O desequilíbrio ambiental é causado em grande parte pela ganância das pessoas e pelo seu egoísmo, pois percebemos que na maioria das vezes as pessoas só querem tirar o máximo de proveito da natureza sem pensar nas conseqüências de seus atos.
Por exemplo, um agricultor que coloca veneno em suas plantações, não pensa que aquele veneno vai poluir os lençóis de água utilizada por várias pessoas, está pensando apenas nos benefícios que terá com sua plantação sem pragas, não pensa nos prejuízos que causará à saúde de muitas pessoas. As pessoas que não separam seu lixo, não o fazem pela comodidade de apenas joga-lo fora e deixar que outras pessoas façam esse serviço.
Assim, em todos os casos em que são cometidos atos de depredação do meio ambiente, além da ignorância, está por traz o pensamento de que os seres humanos estão neste planeta apenas para usufruir sem ter responsabilidade, uma idéia completamente egocêntrica. É preciso que cada pessoa se conscientize de que é necessário fazer a sua parte, que isto deve ser incorporado no seu modo de agir e de pensar. Enquanto professores, precisamos propiciar aos nossos alunos momentos de reflexão sobre o meio ambiente, o impacto de nossas atitudes e o que podemos fazer para contribuirmos para um mundo mais equilibrado, limpo e bom para todos viverem.

Plano Individual de Estudos

Adorei esta atividade, pois concordo que precisamos tirar um tempo para planejar o que e de que maneira iremos aprender. Podemos assim, perceber o que temos como reais prioridades que possam nos auxiliar enquanto estudantes. Penso que coloquei como prioridades aquilo que está me angustiando no momento, mas penso que seria importante colocar como metas a realização de aprendizagens que tragam resultados a longo prazo.

Números por todo lado.

É isso aí! Não podemos rejeitar essa informação. Os números fazem parte do nosso cotidiano, desde muito pequenos, aprendemos que as coisas podem ser contadas e medidas e por causa disso, nada mais natural que iniciar a Matemática na sala de aula partindo desse pressuposto. Penso que para iniciar o trabalho com números e operações devemos partir de números que fazem parte do universo infantil. A idade, o número do calçado, o calendário, telefones e outros que eles observam. Também concordo que as quatro operações devem ser trabalhadas desde os primeiros anos na escola, não através das tradicionais continhas, mas de situações concretas que levem a criança a refletir, comparar e tirar conclusões.
Nós professores precisamos fazer das aulas de Matemática, momentos de curiosidade, alegria e troca, para que o aluno possa construir suas conclusões e desenvolver seu raciocínio lógico.

Histórias de vida

Quando estudava, Estudos Sociais era simplesmente ler textos sobre datas comemorativas e responder questionários, porém no magistério já pude perceber que essa não era a função dessa disciplina, tão importante para a formação de um cidadão consciente de seus atos e responsabilidades. Neste semestre tivemos a oportunidade de trabalhar com linhas de tempo das vidas de nossos alunos e com nossas próprias linhas de tempo, penso que essa atividade é muito importante e pode ser uma atividade desencadeadora de todo um trabalho, pois a partir dela podemos trabalhar com o eu, a família, o espaço da escola, da casa, do bairro, noções espaciais e temporais. Também podemos trabalhar a auto-estima de nossos alunos, tão importante para que um ser humano sinta-se feliz, pois através da reflexão feita em cima desse trabalho, o envolvimento da família e dos alunos. Foi uma atividade muito legal, onde eu também pude me sentir realizada como educadora.

Partindo dos conhecimentos dos alunos.

Através de uma atividade sugerida na interdisciplina Interpretação do mundo pelas Ciências Naturais, onde os alunos teriam que mostrar em forma de desenhos, como conceituavam alguns elementos e fenômenos naturais, percebi a importância de trabalharmos partindo daquilo que a criança já traz consigo, aquilo que ela pensa sobre o mundo que a cerca. Não podemos simplesmente despejar os conteúdos de ciências como se os alunos não soubessem nada, afinal estão inseridos no meio ambiente e, portanto são agentes de transformação, sendo assim é preciso que isso seja levado em consideração pelo professor, que deve a partir deste trabalho fazer intervenções para que o aluno possa confrontar suas hipóteses com os novos conhecimentos e experimentos.Interessante a idéia de se trabalhar com os conceitos científicos a partir de comerciais de TV, afinal muitos dos conceitos que os alunos têm sobre determinados temas são vendidos pela mídia e assim é possível ao professor modificar esses conceitos, levando os alunos a analisar criticamente o que assistem.

terça-feira, 8 de abril de 2008

1_Reflexão avaliativa das aprendizagens originadas a partir da elaboração do documento síntese do Portfólio de Aprendizagem
Este trabalho de registrar nossas aprendizagens semanalmente é muito interessante, pois podemos nos auto-avaliar sempre, nos faz pensar em nossas aprendizagens e ver como podemos colocá-las em prática em nossas aulas. No semestre passado, muitas vezes registrei minhas aprendizagens atrasada e isso foi muito ruim, pois quando tive que elaborar o trabalho final encontrei dificuldades para organizá-lo, porém, penso que consegui escrever de uma forma clara sobre minhas aprendizagens. Neste semestre, espero realizar postagens mais seguidamente.
2-Reflexão avaliativa das aprendizagens originadas a partir da preparação/realização da apresentação oral
Para a apresentação oral do trabalho preparei uma apresentação em power point com os principais tópicos do que iria falar, achei importante fazer isso para poder organizar o tempo e não me "perder".
Não me saio muito bem falando, prefiro me expressar escrevendo, pois sinto que consigo demonstrar minhas idéias mais claramente.

Novas aprendizagens

Neste semestre estou percebendo como estamos acostumados a trabalhar sempre da mesma forma e não nos questionarmos sobre o nosso trabalho. Por exemplo, nas atividades que realizamos de matemática, sobre seriação e classificação, vi como trabalhamos sobre isso sem dar a real importância, sem lembrar que para partir para cálculos a criança precisa passar por todas essas fases. Em Estudos Sociais, relembramos como foi nossa aprendizagem e pensar na nossa prática, muito bom porque assim podemos perceber que só aprendemos quando é interessante e significante, assim também em Ciências, podemos perceber como já temos conceitos formados e que precisamos sempre estar pesquisando para que nossas aulas sejam motivadoras e que levem nosso aluno à curiosidade. Enfim penso que estamos tão preocupadas em fazer nossos alunos aprenderem a ler, escrever e contar, que esquecemos, muitas vezes, que precisamos formar um ser humano completo e não apenas treina-lo para algumas funções. Tenho uma turma de segundo ano e estou me esmerando para trabalhar com eles de uma forma agradável, divertida, para isso estou atenta para todas as dicas que estamos ganhando nas interdisciplinas.

PEAD 2008

Bem-vindos!

Início de mais um ano letivo

UFRGS/Pead Sapiranga