quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

MPB para crianças!


De acordo com o que estudamos e com as atividades que realizamos na segunda aula presencial de Música, realizei com meus alunos um projeto visando o despertar da musicalidade neles.
Escolhi o trabalho de Adriana Partimpim (Calcanhoto).
Iniciei a proposta questionando os alunos:
*O que é música?
*Todas as músicas são iguais? O que as torna diferentes?
*Quais as músicas que mais gostam?
*Quem são as pessoas que cantam as músicas? E quem as escreve?
Então perguntei se conheciam a cantora Adriana Calcanhoto, muitos conheciam.
Contei para eles um breve histórico sobre a cantora, eles se impressionaram por ela também ser gaúcha. Em seguida coloquei um CD para eles escutarem.
Escutamos algumas músicas, escolhi a primeira música para realizar a atividade.
Pedi que escutassem com atenção a música “Lição de Baião”, contei a eles que está música era escutada pela cantora nos discos de seu pai e que ela gostava, por isso gravou. Lembrei-os de prestar atenção nos instrumentos usados, nas vozes, na letra da música.
Então questionei:
*Que instrumentos conseguiram identificar?
*Que vozes aparecem na música?
*A letra da música é na nossa língua?
As crianças conseguiram identificar vários instrumentos, perceberam uma voz feminina, uma masculina e de crianças e concluíram que a música não era cantada toda em Português.
Perguntei se sabiam que tipo de música era, as respostas variaram bastante alguns disseram que era samba, outros Hip Hop.
Então trabalhamos o ritmo através de passos no compasso quaternário, primeiro fizemos sem a música, depois com a música acompanhando, então batemos palma na 1ª pisada, depois na 1ª e na 3ª, dançamos bastante. Inicialmente tiveram um pouco de dificuldade, mas depois pegaram bem o ritmo, penso que este compasso é mais fácil.
Em seguida cantamos algumas músicas do folclore infantil (atirei o pau no gato e o cravo brigou com a rosa), por apresentarem melodias mais conhecidas, variando a altura, cantando mais agudo e mais grave.
Para finalizar as crianças fizeram desenhos sobre as músicas que mais gostaram.

Brincadeira na escola!


Depois deste semestre consegui perceber muitas coisas sobre o lúdico, que antes não conseguia. É impressionante como existe pouco incentivo às brincadeiras no ambiente escolar e como isso é prejudicial às nossas crianças, principalmente aos nossos alunos que tem realidades tão duras.
Desde o ambiente físico da escola até as atitudes tomadas pelos professores tudo faz com que a brincadeira e o jogo pareçam coisas sem importância e o pior é que nós (me incluo nisso) vamos pensando assim e perdemos aos poucos aquela alegria de ir trabalhar, pois não encontramos mais o prazer que tínhamos no início de nossa carreira, não encaramos nosso trabalho como algo lúdico, gostoso.
Sempre fiz brincadeiras com meus alunos, mas às vezes cometia o pecado de tentar globalizar o jogo ou a brincadeira com os conteúdos, por me sentir obrigada a usar o jogo como forma de ensinar, afinal já fiz vários cursos de construção de joguinhos que ensinam a fazer jogos pra tudo que é conteúdo e percebia que meus alunos nunca se entusiasmavam muito com esse tipo de jogo, já nas brincadeiras e jogos livres era visível sua alegria e prazer. Outro erro que eu cometia era de usar as brincadeiras e joguinhos
como simples passa-tempos, não dando o devido valor a este instrumento de educação, sociabilização e divertimento.
Com o passar deste semestre e com as diversas atividades que desenvolvi com meus alunos, tive muitas oportunidades de despertar o lúdico em mim, nas minhas aulas e nos meus alunos, percebi, assim, que para se conseguir jogar e brincar em nossas aulas é preciso estar preparada.
A ludicidade deve estar viva em nós para que possamos trabalhar de forma lúdica. Em todas as interdisciplinas vimos que podemos trabalhar de uma forma gostosa e prazerosa, tanto para o aluno, quanto para o professor. Aprendemos a contar uma historinha de um jeito divertido, a incentivar a criatividade do aluno através do conhecimento e releitura de obras de arte, a desenvolver neles a expressão corporal e a musicalidade e tudo isso de uma forma lúdica, prazerosa e muito séria, pois está contribuindo para a formação de seres humanos completos e felizes.
Sinto-me feliz por estar percebendo tudo isso e posso me sentir orgulhosa por já ter mudado muitas coisas em minhas aulas, precisamos perder o medo, parar de dar desculpas para não fazer o que é certo, arregaçar as mangas e nos entregar ao prazer de brincar em nossa profissão!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Trabalho com Artes

Quando estudava nunca gostei de Educação Artística, afinal não tinha nenhuma habilidade em trabalhos manuais e sempre achava meus desenhos feios. Por esse motivo sempre tive bastante receio de trabalhar Artes com meus alunos, pois me achava incapaz de "ensinar" a fazer qualquer trabalho artístico mais elaborado. Trabalhava com desenho, pintura, recorte, colagem e moldagem, mas sempre de uma forma solta sem um sentido. Era fazer por fazer, geralmente seguindo um modelo. Lendo mais sobre o assunto, descobri que trabalhar com Artes pode ser algo maravilhoso e bastante desafiador. Vi que é preciso contextualizar, ler, interpretar, para poder fazer a sua própria Arte e que podemos adquirir conhecimento através disso. Dentro dessa nova proposta realizei com meus alunos uma atividade de reeleitura de uma obra de arte. Escolhi, para isso, uma obra da Tarsila do Amaral, importante pintora brasileira. Iniciei, contando a história de vida de Tarsila, e consequentemente um pedaço da história do nosso país. Usei o livro Mestres das Artes no Brasil-Tarsila do Amaral, de Ângela Braga e Lígia Rego, da Editora Moderna. Em seguida comentamos sobre o que vimos no livro, observamos algumas pinturas de Tarsila e perguntei aos alunos o que eles achavam. Os alunos acharam as pinturas muito esquisitas, principalmente as figuras humanas, mas adoraram a criatividade e o colorido dos quadros de Tarsila. Então escolhemos um dos quadros, o quadro escolhido foi "A Cuca", observamos os elementos do quadro , as cores, os personagens, expliquei que ela deveria imaginar a Cuca daquele jeito, então pedi que os alunos desenhassem. Expomos os desenhos no corredor da escola para serem apreciados. Os alunos criaram histórinhas com os personagens do quadro. Foi um trabalho que podemos explorar vários conhecimentos.