Estamos cada vez mais próximos de vivenciarmos o estágio e neste semestre, podemos pensar mais profundamente em como iremos conduzir esse momento do curso. Com o Trabalho de Arquiteturas Pedagógicas, que como o nome sugere, vai mostrar como iremos “montar”,ou melhor, em cima de que base construiremos a forma como vamos trabalhar em nossa sala de aula, refletimos bastante sobre nossas escolhas pedagógicas.
Escolhemos o PA, por nos convencermos de que, entre tantas possíveis formas de se trabalhar, ele se mostra uma forma muito mais democrática, onde todos participam da construção do conhecimento.
Embora acredite nos benefícios do trabalho com PA, sinto-me aflita e insegura em trabalhar dessa forma em meu estágio, que já está tão próximo, pois esbarramos em muitas dificuldades, desde o medo de trabalhar com algo diferente, ainda mais se tratando de crianças pequenas, como será o meu caso, pois tenho uma turma de alfabetização, 2º ano. Além disso, esbarramos em dificuldades que não dependem de nossa vontade, como o fato de nossa escola não contar com muitos recursos que facilitariam o desenvolvimento do PA, como o grande número de alunos por turma, a falta de uma orientação educacional, falta de biblioteca de laboratório de informática, como exemplos.
Também estamos vivenciando um momento nada democrático no jeito de governar em nossa estado, o que afeta bastante a nossa escola, sabendo que esta pertence a rede estadual de ensino. A secretaria de educação está pressionando as escolas a aderirem a programas de alfabetização, comprados (Como exemplo os do Instituto Ayrton Senna), o que tira completamente a autonomia do professor e que além disso, na minha opinião o torna um mero executor de aulas prontas, sem nelas colocar a sua visão de mundo.
Enfim, penso que o desafio será grande e que teremos que ter muita perseverança e nos empenhar o máximo e sobretudo, acreditar em nossa capacidade.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
EJA - Pesquisa em grupo
Quero registrar aqui nossas conclusões sobre o trabalho realizado na Interdisciplina de EJA que nos auxiliou a compreender melhor a realidade da Educação de Jovens e Adultos em nossa região.
Os jovens e adultos freqüentadores da EJA são indivíduos que estão em busca de uma graduação que lhes certifique a possibilidade de obter uma vaga mais segura no mercado de trabalho existente.
Apresentam uma grande vontade de superar os obstáculos encontrados no trabalho realizado durante o dia, ou na falta dele, para se fazerem presentes às aulas noturnas.
São ingênuos em sua visão de mundo, já que não conseguem vincular suas impossibilidades de prosseguirem os estudos escolares com o processo social que é excludente.
São excluídos, portanto, do acesso aos bens educacionais e culturais.
Apresentam vínculos fortes com a família de origem.
São alunos jovens, que em termos de quantidade já começam a superar a participação dos adultos.
A escola tem se utilizado de metodologias que se assentam em princípios apassivadores desses indivíduos.
Existe uma mera transposição das metodologias utilizadas no ensino regular para os alunos da EJA.
Não conseguem encontrar motivação suficiente na escola, para prosseguirem seus estudos.
Filme Menino Selvagem
Assistindo ao filme, "O menino Selvagem" pude fazer várias ligações com as condições de uma criança surda, quando chega numa escola regular. Esta criança vive no seu mundo, de certa forma, pois dentro da sua família, as configurações são diferentes da escola. Quando esta criança chega na escola, ela se sentirá insegura e vai reagir da sua maneira, do jeito que pode se comunicar e quem estiver ao seu redor, o professor, principalmente, precisa ter muito tato, para chegar nessa criança e aos poucos criar uma relação com ela, de confiança, carinho e entendimento. No caso do filme a situação era extrema, pois se tratava de uma criança selvagem, que não tinha nenhum hábito da civilização de sua época, além disso naquela época ainda não existiam todos os conhecimentos que existem hoje. Pensando numa situação atual, podemos imaginar que uma criança que chega em nossa sala de aula, vai sentir-se perdida, pois terá que interagir com um mundo que não conhece, terá que aprender regras de convívio que muitas vezes não está habituada.
No filme, o professor Itard e a governanta, demonstraram muita dedicação e carinho com o menino, mesmo com a incredibilidade de muitos e com seu próprio desânimo, muitas vezes demonstrado, ele superou e perseverou no seu objetivo, acreditando que todo ser humano tem condições de aprender, se forem oferecidas oportunidades, dessa forma, no seu ritmo, o menino foi mostrando progressos e respondendo a estímulos.
Dessa mesma forma, muitas vezes temos alunos que precisam de nossa dedicação extrema, pois por vários motivos necessitam de mais estímulos para conseguirem relacionar a sua realidade com o mundo, entenderem sua inserção na sociedade, não apenas alunos surdos, que é o caso que tratamos aqui.
A maneira como o professor Itard “trabalhou” com o menino, me chamou atenção, claro que ele não acertou sempre, mas as técnicas que utilizava eram sempre pensadas a partir do entendimento de que ele precisava de formas diferentes para chegar naquela criança, ou seja, ele percebia que para que aquele menino aprendesse seria preciso maneiras diferentes das tradicionais daquela época. E nas vezes que seus procedimentos não “saíam” como o esperado, ele usava isso para reavaliar seu trabalho e pensar em outras maneiras de agir.
No geral, o filme nos faz refletir em como a visão que se tinha sobre os sujeitos surdos mudou, claro que ainda existe preconceito e muita desinformação por parte da sociedade, mas aos poucos essas limitações estão sendo vencidas e com o tempo, talvez, teremos uma sociedade onde todos sejam igualmente respeitados, tendo as mesmas oportunidades, com os mesmos direitos assegurados e podendo exercer a cidadania com consciência.
No filme, o professor Itard e a governanta, demonstraram muita dedicação e carinho com o menino, mesmo com a incredibilidade de muitos e com seu próprio desânimo, muitas vezes demonstrado, ele superou e perseverou no seu objetivo, acreditando que todo ser humano tem condições de aprender, se forem oferecidas oportunidades, dessa forma, no seu ritmo, o menino foi mostrando progressos e respondendo a estímulos.
Dessa mesma forma, muitas vezes temos alunos que precisam de nossa dedicação extrema, pois por vários motivos necessitam de mais estímulos para conseguirem relacionar a sua realidade com o mundo, entenderem sua inserção na sociedade, não apenas alunos surdos, que é o caso que tratamos aqui.
A maneira como o professor Itard “trabalhou” com o menino, me chamou atenção, claro que ele não acertou sempre, mas as técnicas que utilizava eram sempre pensadas a partir do entendimento de que ele precisava de formas diferentes para chegar naquela criança, ou seja, ele percebia que para que aquele menino aprendesse seria preciso maneiras diferentes das tradicionais daquela época. E nas vezes que seus procedimentos não “saíam” como o esperado, ele usava isso para reavaliar seu trabalho e pensar em outras maneiras de agir.
No geral, o filme nos faz refletir em como a visão que se tinha sobre os sujeitos surdos mudou, claro que ainda existe preconceito e muita desinformação por parte da sociedade, mas aos poucos essas limitações estão sendo vencidas e com o tempo, talvez, teremos uma sociedade onde todos sejam igualmente respeitados, tendo as mesmas oportunidades, com os mesmos direitos assegurados e podendo exercer a cidadania com consciência.
Avaliação na minha prática docente
Trabalho com uma turma de segundo ano e procuro avaliar meus alunos durante todo o processo ensino-aprendizagem, utilizando recursos variados, não faço provas, pois acredito que não são necessárias, pois podemos perceber os avanços dos alunos em diversos momentos em sala de aula. Levo em consideração o relacionamento com os colegas, mudanças de atitudes, participação, compromisso e a evolução na aprendizagem, por exemplo, na questão da alfabetização procuro observar constantemente em que nível de escrita meus alunos se encontram para o planejamento de atividades. Procuro utilizar a avaliação para repensar meu trabalho e traçar novos caminhos. Em nossa escola utilizamos apenas o parecer descritivo, o que facilita uma avaliação mais mediadora, pois propicia uma visão mais ampla do aluno, não apenas de sua evolução na aquisição de conhecimento, mas sua participação, seu comportamento, suas atitudes. Porém, penso que se as palavras não forem usadas de maneira bem pensada elas também podem servir para classificar o aluno, para isso é preciso que sejam definidos critérios bem claros. Ainda não é oportunizado que os alunos também avaliem o processo ensino-aprendizagem. Acredito que para aperfeiçoar nossa prática quanto à avaliação é necessário enxergar meu aluno como um ser único e não compará-lo a um ideal, o professor deve perceber o seu crescimento individual, utilizar a avaliação para perceber o seu trabalho e traçar novos rumos, fazendo com que a avaliação seja contínua, participativa e construtiva, desse modo, com certeza teremos professores e alunos mais felizes.
A postura ética do professor frente à avaliação
Vemos que muitos professores não conhecem o verdadeiro papel da avaliação, muitos se autodefinem antitradicionais, porém, na prática, não é isso que acontece, ainda são aplicadas provas em fins de trimestre, que servirão de base para classificar os alunos, dessa forma o professor deixa de assumir uma postura ética, pois não respeita o aluno como um ser humano, tirando-lhe o direito de entender esse processo, fazendo com que muitas vezes o aluno sinta-se inferior, sem capacidade. Sabemos que o papel do professor na mudança da prática avaliativa é fundamental e que uma mudança de postura e de comportamento não é fácil, pois são muitos os problemas enfrentados na realidade escolar das escolas públicas (principalmente), mas é necessário que haja uma conscientização e comprometimento especial por parte do professor para que aconteçam as mudanças necessárias na forma de avaliar.
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Avaliação "Classificatória" X "Mediadora"
De acordo com o texto,“O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar” a avaliação classificatória não é contínua, acontece em épocas distintas, apenas classifica e rotula os alunos, não serve para repensar o trabalho, mas apenas para verificar se o aluno sabe o conteúdo ou não, ou seja, não está de acordo com os pressupostos reais da avaliação, apenas o professor decide os critérios. A avaliação mediadora ocorre durante todo o processo ensino-aprendizagem, serve para diagnosticar e repensar o trabalho, entende o aluno como um ser único e não o compara há um modelo idealizado, mas acompanha o seu crescimento, além disso ela é democrática, pois todos devem participar das decisões de seu processo.
A avaliação recebe uma visão reducionista quando é pensada como momentos estanques de medição de conhecimento, deixando de lado sua função diagnosticadora, onde apenas a capacidade de memorização é valorizada, quando apenas um instrumento de avaliação é utilizado (geralmente provas ou testes) e também quando é levado em conta apenas o rendimento final do aluno, como se a aprendizagem não fosse um processo contínuo. O aluno não é visto como um todo integrado e seu crescimento não é valorizado.
A avaliação recebe uma visão unilateral quando apenas um dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem é avaliado, neste caso o aluno. Apenas o professor detém o poder de verificar o rendimento dos alunos, não oportunizando que todos possam pensar sobre as dificuldades, o trabalho realizado e apontar soluções. Está visão é autoritária e anti-democrática. O ideal seria que todos pudessem participar do processo avaliativo, não só na avaliação dos alunos, mas dos professores e da escola.
A avaliação recebe uma visão reducionista quando é pensada como momentos estanques de medição de conhecimento, deixando de lado sua função diagnosticadora, onde apenas a capacidade de memorização é valorizada, quando apenas um instrumento de avaliação é utilizado (geralmente provas ou testes) e também quando é levado em conta apenas o rendimento final do aluno, como se a aprendizagem não fosse um processo contínuo. O aluno não é visto como um todo integrado e seu crescimento não é valorizado.
A avaliação recebe uma visão unilateral quando apenas um dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem é avaliado, neste caso o aluno. Apenas o professor detém o poder de verificar o rendimento dos alunos, não oportunizando que todos possam pensar sobre as dificuldades, o trabalho realizado e apontar soluções. Está visão é autoritária e anti-democrática. O ideal seria que todos pudessem participar do processo avaliativo, não só na avaliação dos alunos, mas dos professores e da escola.
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Respeito
Infelizmente ainda existem poucas pessoas surdas trabalhando em escolas, como foi visto e a grande maioria dos professores ouvintes não possui conhecimento em LIBRAS, assim, percebemos que as escolas ainda não estão realmente preparadas para receberem alunos surdos, com condições de oferecer as mesmas oportunidades que aos alunos ouvintes.
Em algumas escolas públicas existem intérpretes, o que é muito bom, pois assim os alunos surdos tem condições de “acompanhar” as aulas e de ter alguma interação com o grupo, porém, penso que apenas esse recurso não traz possibilidades de reais trocas e de desenvolvimento para o aluno surdo. Seria interessante que ele pudesse conviver de maneira mais livre sem depender de alguém para se comunicar. Deveriam existir mais professores surdos nas escolas, pois seriam tidos como referências para os alunos perceberem que podem chegar aonde quiserem, além disso a escola deveria oferecer atividades que promovessem encontros de surdos, para que estes pudessem exercer o convívio com a comunidade surda, conhecer sua cultura própria e poder aprimorar sua língua, a LIBRAS. Penso que seria interessante se a LIBRAS fosse oferecida nas escolas como opção de uma segunda língua para os alunos ouvintes, inclusive o alfabeto em libras deveria ser ensinado desde cedo para as crianças, do mesmo modo que para os alunos surdos o Português aparece como segunda língua.
Trabalho em uma escola pública estadual e percebo que as escolas estaduais são as que menos oferecem recursos extras para facilitar a aprendizagem, não apenas para alunos surdos, ou de inclusão, mas para todos os alunos. Há uns 5 anos atrás uma menina surda foi aceita em nossa escola, na quarta série do ensino fundamental, a professora que era ouvinte, não tinha intérprete e não dominava LIBRAS, a menina conseguia entender a aula porque já sabia ler e escrever e porque conseguia decifrar o que falavam (algumas coisas) através da leitura dos lábios (oralismo), imagino como não era frustrante para essa menina não poder se comunicar com seus colegas e também angustiante para a professora, por se sentir de mãos amarradas.
Os professores necessitam obter mais conhecimento sobre a identidade surda, sua história e sua língua para que possam trabalhar de uma forma que respeite as diferenças, proporcionando condições para que todos tenham as mesmas oportunidades.
Em algumas escolas públicas existem intérpretes, o que é muito bom, pois assim os alunos surdos tem condições de “acompanhar” as aulas e de ter alguma interação com o grupo, porém, penso que apenas esse recurso não traz possibilidades de reais trocas e de desenvolvimento para o aluno surdo. Seria interessante que ele pudesse conviver de maneira mais livre sem depender de alguém para se comunicar. Deveriam existir mais professores surdos nas escolas, pois seriam tidos como referências para os alunos perceberem que podem chegar aonde quiserem, além disso a escola deveria oferecer atividades que promovessem encontros de surdos, para que estes pudessem exercer o convívio com a comunidade surda, conhecer sua cultura própria e poder aprimorar sua língua, a LIBRAS. Penso que seria interessante se a LIBRAS fosse oferecida nas escolas como opção de uma segunda língua para os alunos ouvintes, inclusive o alfabeto em libras deveria ser ensinado desde cedo para as crianças, do mesmo modo que para os alunos surdos o Português aparece como segunda língua.
Trabalho em uma escola pública estadual e percebo que as escolas estaduais são as que menos oferecem recursos extras para facilitar a aprendizagem, não apenas para alunos surdos, ou de inclusão, mas para todos os alunos. Há uns 5 anos atrás uma menina surda foi aceita em nossa escola, na quarta série do ensino fundamental, a professora que era ouvinte, não tinha intérprete e não dominava LIBRAS, a menina conseguia entender a aula porque já sabia ler e escrever e porque conseguia decifrar o que falavam (algumas coisas) através da leitura dos lábios (oralismo), imagino como não era frustrante para essa menina não poder se comunicar com seus colegas e também angustiante para a professora, por se sentir de mãos amarradas.
Os professores necessitam obter mais conhecimento sobre a identidade surda, sua história e sua língua para que possam trabalhar de uma forma que respeite as diferenças, proporcionando condições para que todos tenham as mesmas oportunidades.
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PA com os pequenos...
Projetos na Educação Infantil e nos Anos Iniciais? Quais?
Penso que o trabalho com projetos pode ser desenvolvido com diferentes faixas etárias, observando sempre com que turma estamos trabalhando e que interesses esses alunos tem. Na educação infantil e séries iniciais, o professor precisa encontrar maneiras de abrir a discussão sobre um assunto, usando passeios, filmes, histórias, músicas ou jogos, por exemplo, ter paciência para deixar que os alunos expressem suas dúvidas e certezas sobre os assuntos e também para que tirem suas conclusões. Com os menores é preciso sempre utilizar bastante material concreto, ilustrações e atividades lúdicas, para que despertem o gosto das crianças, ou seja é necessário encontrar maneiras para que possam expressar o que sabem e o que estão descobrindo, dessa forma podem estar sempre interagindo na construção de suas aprendizagens.
Penso que o trabalho com projetos pode ser desenvolvido com diferentes faixas etárias, observando sempre com que turma estamos trabalhando e que interesses esses alunos tem. Na educação infantil e séries iniciais, o professor precisa encontrar maneiras de abrir a discussão sobre um assunto, usando passeios, filmes, histórias, músicas ou jogos, por exemplo, ter paciência para deixar que os alunos expressem suas dúvidas e certezas sobre os assuntos e também para que tirem suas conclusões. Com os menores é preciso sempre utilizar bastante material concreto, ilustrações e atividades lúdicas, para que despertem o gosto das crianças, ou seja é necessário encontrar maneiras para que possam expressar o que sabem e o que estão descobrindo, dessa forma podem estar sempre interagindo na construção de suas aprendizagens.
Pontos relevantes do trabalho com Projetos
Gostaria de destacar alguns aspectos que considero positivos no trabalho com projetos:
- A aprendizagem parte da curiosidade dos alunos pelo tema, como também das suas hipóteses (que podem se confirmar, descartar ou aprimorar), frente ao tema escolhido;
- O aluno participa de todas as etapas, sendo assim autor de sua aprendizagem, percebendo o poder de sua autonomia na busca pelo conhecimento;
- Permite que o professor avalie e recrie constantemente seu trabalho, buscando inovações;
- Estabelece uma relação muito mais flexível com os conteúdos escolares, permitindo uma estruturação mais aberta;
- Os conteúdos escolares relacionam-se com as vivências dos alunos, conferindo às aprendizagens utilidade;
- O conhecimento é democrático, ou seja, o professor não é mais o “dono do saber”, mas sim um facilitador, que apresenta os recursos necessários para a busca dos conhecimentos, questiona e permite a interação constante da turma;
- O trabalho com Projetos permite uma visão cooperativa da aprendizagem, ensinando princípios de convívio em sociedade através da vivência.
Reflexão sobre o PA
Nos auxiliou numa melhor compreensão de um PA, de sua organização, suas possibilidades, como também vimos que realmente através da interação do grupo, das trocas de ideias, seja uma maneira de construção de conhecimento, pois a troca de informações proporciona a possibilidade de enriquecer tanto o trabalho em questão, uma vez que são várias possibilidades de respostas, quanto os sujeitos que constituem o grupo, já que ao respeitar a opinião do outro estou trabalhando em mim valores como humildade e respeito, além de poder pensar em algo que talvez não tivesse pensado, ou seja, é um trabalho que também possibilita a aprendizagem em seu sentido mais amplo, pois além de tentar responder, há de se considerar o que o outro pensou e o que o levou a pensar assim. Por outro lado achamos que foi um trabalho cansativo e repetitivo. Talvez se tivéssemos debatido de outra forma, que não fosse através do pbwork, teria sido algo mais dinâmico.
Em qualquer situação da vida a aprendizagem se dá através da interação com o outro, isso é constante. Esta troca de idéias pode intensificar ampliar, modificar, pôr em dúvida, e é aí que se faz o processo de aprendizagem. Às vezes me parece que rotulamos as tarefas como sendo em grupo ou individual, mas mesmo sendo individual, buscamos a aprendizagem naquilo que outros redigiram ou pensaram, tiramos nossas dúvidas com aquele que a causou, e ao final nossas próprias conclusões, com concordâncias ou discordâncias. Do mesmo modo tem procedência o trabalho em grupo, porém são mais opiniões para lidarmos, e no caso, difere do trabalho individual, porque não interagimos com um filósofo que escreveu tal texto, e sim com o que acreditamos nossas visões e técnicas de busca de conhecimento, ou o modo como vamos solucionar os problemas. Somos todos aprendentes, às vezes causando certos conflitos entre os membros do grupo, ainda mais entre professores, que no caso partem na busca da aceitação de suas idéias, ao mesmo tempo somos adultos e refletir sobre nossa maturidade ou imaturidade perante os desafios propostos pelo trabalho é muito importante para o bom entendimento do grupo.
Em qualquer situação da vida a aprendizagem se dá através da interação com o outro, isso é constante. Esta troca de idéias pode intensificar ampliar, modificar, pôr em dúvida, e é aí que se faz o processo de aprendizagem. Às vezes me parece que rotulamos as tarefas como sendo em grupo ou individual, mas mesmo sendo individual, buscamos a aprendizagem naquilo que outros redigiram ou pensaram, tiramos nossas dúvidas com aquele que a causou, e ao final nossas próprias conclusões, com concordâncias ou discordâncias. Do mesmo modo tem procedência o trabalho em grupo, porém são mais opiniões para lidarmos, e no caso, difere do trabalho individual, porque não interagimos com um filósofo que escreveu tal texto, e sim com o que acreditamos nossas visões e técnicas de busca de conhecimento, ou o modo como vamos solucionar os problemas. Somos todos aprendentes, às vezes causando certos conflitos entre os membros do grupo, ainda mais entre professores, que no caso partem na busca da aceitação de suas idéias, ao mesmo tempo somos adultos e refletir sobre nossa maturidade ou imaturidade perante os desafios propostos pelo trabalho é muito importante para o bom entendimento do grupo.
Diálogo...Base para os temas geradores
Quando lemos uma obra de Paulo Freire imediatamente nos sentimos motivados, pois sentimos o quanto este educador amava o que fazia, na defesa de suas idéias podemos sentir a sua vontade de transformar o mundo.
Paulo Freire nos fala da importância de uma educação baseada no diálogo, onde não existe uma hierarquia de idéias, ou seja, onde as idéias não são vistas como certas ou erradas,melhores ou piores, mas como diferentes e paralelas. Propiciando a todos a percepção de que todos temos conhecimentos e que estes se influenciam e se modificam através das trocas, diálogos.
Nos diz também que o professor necessita ter humildade para poder dialogar com seus alunos, não impor suas idéias como sendo corretas, impondo seus valores acreditando que são melhores, mas compreendendo as diferenças entre cultura e visão de mundo que existem entre todos, de acordo com suas vivências, tempo e espaço em que estão inseridos.
Freire condenava a “educação bancária”, onde o professor deposita o seu conhecimento e impõe a sua cultura, desconsiderando a história de vida de seus alunos, sua visão de mundo e seus conhecimentos.
Defende que o professor deve unir-se aos alunos para buscar com eles o saber e a transformação da realidade, partindo do diálogo, para que a partir desta relação os diálogos tornem-se críticos. Assim, dizia que as aulas deviam acontecer sempre a partir de diálogos, onde os educandos expressassem suas visões, seus conhecimentos, desse modo o educador-educando poderia conhecer a realidade de seus alunos e a partir daí propor os temas a serem discutidos, fazendo com que os alunos refletissem sobre esses temas e se percebessem como sujeitos históricos capazes de, através da força de sua palavra, modificar sua realidade. Os temas geradores, defendidos por Paulo Freire tem esse princípio, de surgir através de diálogos entre educadores e educandos, onde todos possam expressar suas visões e percepções e trocarem conhecimentos, fazendo com que a aprendizagem esteja em permanente recriação
”A educação autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A
sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo. Mundo que
impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de
vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de
esperanças ou desesperanças que implicitam temas significativos, à base
dos quais se constituirá o conteúdo programático da educação.” FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101:
Paulo Freire nos fala da importância de uma educação baseada no diálogo, onde não existe uma hierarquia de idéias, ou seja, onde as idéias não são vistas como certas ou erradas,melhores ou piores, mas como diferentes e paralelas. Propiciando a todos a percepção de que todos temos conhecimentos e que estes se influenciam e se modificam através das trocas, diálogos.
Nos diz também que o professor necessita ter humildade para poder dialogar com seus alunos, não impor suas idéias como sendo corretas, impondo seus valores acreditando que são melhores, mas compreendendo as diferenças entre cultura e visão de mundo que existem entre todos, de acordo com suas vivências, tempo e espaço em que estão inseridos.
Freire condenava a “educação bancária”, onde o professor deposita o seu conhecimento e impõe a sua cultura, desconsiderando a história de vida de seus alunos, sua visão de mundo e seus conhecimentos.
Defende que o professor deve unir-se aos alunos para buscar com eles o saber e a transformação da realidade, partindo do diálogo, para que a partir desta relação os diálogos tornem-se críticos. Assim, dizia que as aulas deviam acontecer sempre a partir de diálogos, onde os educandos expressassem suas visões, seus conhecimentos, desse modo o educador-educando poderia conhecer a realidade de seus alunos e a partir daí propor os temas a serem discutidos, fazendo com que os alunos refletissem sobre esses temas e se percebessem como sujeitos históricos capazes de, através da força de sua palavra, modificar sua realidade. Os temas geradores, defendidos por Paulo Freire tem esse princípio, de surgir através de diálogos entre educadores e educandos, onde todos possam expressar suas visões e percepções e trocarem conhecimentos, fazendo com que a aprendizagem esteja em permanente recriação
”A educação autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A
sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo. Mundo que
impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de
vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de
esperanças ou desesperanças que implicitam temas significativos, à base
dos quais se constituirá o conteúdo programático da educação.” FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101:
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Sujeitos da construção do conhecimento
Não tenho experiência na prática pedagógica com jovens e adultos, conheço um pouco desta realidade por ter uma colega que trabalha com uma turma de EJA, e agora, com as leituras, discussões e reflexões que pude realizar durante este semestre nesta interdisciplina. Penso que para trabalhar com alunos jovens e adultos, ou seja, “não-crianças” é necessário estar muito ciente de toda a história que esse aluno traz, pois tratam-se de pessoas que tem histórias de vida bastante distintas e com todas as demandas que a vida adulta lhes impõe.
Assim, acredito que o professor de EJA necessita ter um perfil apropriado para conduzir esse trabalho, é necessário muito mais que saber “ensinar”, é preciso trabalhar de um modo que o aluno sinta-se parte do processo de aprendizagem, entendendo o seu poder na sociedade em que vive, ou seja resgatar sua auto-estima, para que ele acredite em si mesmo e que muito mais que querer aprender, pode também buscar seus conhecimentos, construí-los. O aluno adulto em especial, pois pode sentir-se inferior aos outros por não ter estudado na época certa e por acreditar que tem menos capacidade que as outras pessoas, é preciso, então que o professor propicie momentos de reflexão sobre a sociedade em que eles vivem, momentos em que possam mostrar as suas leituras de mundo, as suas histórias de vida e também oportunidades de conhecer visões diferentes da sua, para que assim, a partir dessas interações possam construir novas aprendizagens. Encontramos dois tipos de aluno no EJA, os jovens, que muitas vezes desistem por ainda não enxergar os estudos como forma de melhoria de suas condições de vida, ou por terem outros interesses e o aluno adulto que pode procurar o estudo por vários motivos, como a oportunidade de conseguir um emprego melhor, ou manter o seu e também como forma de sentir-se mais independente na sociedade, de ter poder total sobre a sua vida sem depender de outros para poder comunicar com o mundo letrado. Especialmente os alunos adultos encontram muitas dificuldades em ingressar ou continuar seus estudos, por vários motivos, muitos não voltam a estudar por vergonha, por sentirem-se muito velhos para estarem freqüentando a escola, sendo que essa é vista como local destinado a crianças, ou por medo de não conseguirem aprender, sentindo-se inferiores as outras pessoas, afinal a escola tem uma linguagem própria, como nos diz Marta Kohl de Oliveira e nem sempre os alunos estão apropriados dessa linguagem e sentem-se excluídos. Muitos participam ativamente da vida em comunidade, porém sentem-se excluídos por não conseguirem ler. Sabemos também que a grande maioria destes alunos precisa trabalhar durante o dia, para sobreviverem e manterem suas famílias, o que também tende a desmotivá-los a freqüentar a escola, pois além do cansaço físico, geralmente a escola não oferece a motivação necessária para que sintam prazer em estudar e continuar nos estudos.
A escola precisa estar atenta para as realidades desses alunos para que possa trabalhar de uma maneira que motive esses alunos a continuarem estudando e perceberem que é uma grande conquista estarem estudando e uma forma de crescerem enquanto seres humanos e cidadãos.
Assim, acredito que o professor de EJA necessita ter um perfil apropriado para conduzir esse trabalho, é necessário muito mais que saber “ensinar”, é preciso trabalhar de um modo que o aluno sinta-se parte do processo de aprendizagem, entendendo o seu poder na sociedade em que vive, ou seja resgatar sua auto-estima, para que ele acredite em si mesmo e que muito mais que querer aprender, pode também buscar seus conhecimentos, construí-los. O aluno adulto em especial, pois pode sentir-se inferior aos outros por não ter estudado na época certa e por acreditar que tem menos capacidade que as outras pessoas, é preciso, então que o professor propicie momentos de reflexão sobre a sociedade em que eles vivem, momentos em que possam mostrar as suas leituras de mundo, as suas histórias de vida e também oportunidades de conhecer visões diferentes da sua, para que assim, a partir dessas interações possam construir novas aprendizagens. Encontramos dois tipos de aluno no EJA, os jovens, que muitas vezes desistem por ainda não enxergar os estudos como forma de melhoria de suas condições de vida, ou por terem outros interesses e o aluno adulto que pode procurar o estudo por vários motivos, como a oportunidade de conseguir um emprego melhor, ou manter o seu e também como forma de sentir-se mais independente na sociedade, de ter poder total sobre a sua vida sem depender de outros para poder comunicar com o mundo letrado. Especialmente os alunos adultos encontram muitas dificuldades em ingressar ou continuar seus estudos, por vários motivos, muitos não voltam a estudar por vergonha, por sentirem-se muito velhos para estarem freqüentando a escola, sendo que essa é vista como local destinado a crianças, ou por medo de não conseguirem aprender, sentindo-se inferiores as outras pessoas, afinal a escola tem uma linguagem própria, como nos diz Marta Kohl de Oliveira e nem sempre os alunos estão apropriados dessa linguagem e sentem-se excluídos. Muitos participam ativamente da vida em comunidade, porém sentem-se excluídos por não conseguirem ler. Sabemos também que a grande maioria destes alunos precisa trabalhar durante o dia, para sobreviverem e manterem suas famílias, o que também tende a desmotivá-los a freqüentar a escola, pois além do cansaço físico, geralmente a escola não oferece a motivação necessária para que sintam prazer em estudar e continuar nos estudos.
A escola precisa estar atenta para as realidades desses alunos para que possa trabalhar de uma maneira que motive esses alunos a continuarem estudando e perceberem que é uma grande conquista estarem estudando e uma forma de crescerem enquanto seres humanos e cidadãos.
Um jeito diferente de comunicação
Lendo o conteúdo da unidade 1 e pesquisando na internet sobre comunidades surdas (http://comunidadesurda.blogspot.com ) , percebi que os surdos possuem uma cultura própria, difereciada da cultura dos ouvintes. Tive pouco contato com pessoas surdas, uma vez na escola em que trabalho, uma aluna de uma colega era surda, e lembro de um tio de meu pai que tinha deficiência auditiva, não dominava a libras. Penso que a pessoa surda deve ser respeitada acima de tudo, não ser vista como “coitada” ou impossibilitada de qualquer coisa. É preciso que tenham os direitos enquanto cidadãos garantidos, assim como qualquer outra pessoa. Também é preciso que não sejam vistos como menos inteligentes ou desentendidos, pois como qualquer outra pessoa interagem com a realidade, com o mundo e com as pessoas, diferenciando, apenas na forma como essa comunicação é feita.
Para que a comunicação com uma pessoa surda seja baseada no respeito, é preciso despir-se de preconceitos e ter algumas informações sobre a cultura surda e também conhecer o básico da Língua de sinais, no caso a LIBRAS. Penso ser essencial conhecer um pouco da história dos surdos, da discriminação que já viveram e que infelizmente ainda vivem e entender que são pessoas com as mesmas possibilidades que todos, desde que tenham seus direitos de cidadãos respeitados.
Para que a comunicação com uma pessoa surda seja baseada no respeito, é preciso despir-se de preconceitos e ter algumas informações sobre a cultura surda e também conhecer o básico da Língua de sinais, no caso a LIBRAS. Penso ser essencial conhecer um pouco da história dos surdos, da discriminação que já viveram e que infelizmente ainda vivem e entender que são pessoas com as mesmas possibilidades que todos, desde que tenham seus direitos de cidadãos respeitados.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
EJA...aberto para o diálogo.
Paulo Freire foi o grande teórico da educação no Brasil; imprimiu ao conceito de alfabetização a noção libertária da palavra. A palavra como instrumento de poder e libertação das relações que escravizam o ser humano. A apropriação da palavra é tão importante porque permite ao ser humano acessar todo o conhecimento já acumulado pela humanidade e frente a ele, exprimir a sua própria palavra, ou seja, escolher, dentre todo o conhecimento aquilo que pode beneficiar a todos, e não só a uma minoria. Permite compreender que através da linguagem se pode elevar ou destruir a identidade individual ou de grupo. O poder da palavra reflete-se na possibilidade do despertar da consciência enquanto ser coletivo, de alavancar o empoderamento de si mesmo e consequentemente de todos os que buscam o objetivo da igualdade, da fraternidade, dos que lutam por mais justiça em todas as relações dentro da sociedade.Na escola, somente uma pedagogia que não reproduza o autoritarismo pode encontrar campo de acolhimento por parte daqueles que tem o desejo de serem ouvidos. Nesse momento o professor encontra seu papel de orientador, colaborador e igual, enquanto indivíduo que também precisa falar de si. Talvez nesse espaço de troca possa ser proposta uma visualização de novas forma de relações sociais, que sejam aceitas por que dizem respeito ao que foi expresso por todos.
Múltiplas Linguagens
Existem muitas maneiras de falar e escrever, que vão depender da cultura, faixa etária, sexo, assunto e finalidade. Por exemplo, se vamos escrever um bilhete para alguém da família ou um amigo, usaremos uma linguagem mais informal, mas se vamos escrever um trabalho, aí sim usaremos uma linguagem muito mais elaborada, pensada. Temos vários modos de usar a expressão escrita e falada, pois a linguagem não é algo mecânico, estático, ela é constantemente modificada. É importante, mostrar aos alunos essas diferenças, fazer com que percebam os diversos modos em que a fala e a escrita são usados, para isso é necessário utilizar diferentes portadores de escrita e analisar em quais contextos estes foram utilizados, é preciso também valorizar o modo de expressão dos alunos, para que possam sentir-se participantes da construção de novos jeitos de falar e escrever.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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