quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estudo de Caso

Já tive vários casos de alunos com necessidades especiais de aprendizagens, não por serem portadores de deficiência, mas por terem um tempo mais lento para a aprendizagem.
Este ano tenho em minha turma um aluno portador da Síndrome de Down, vou fazer meu dossiê em cima dessa experiência, já que estou vivenciando neste semestre.
Quando fiquei sabendo que teria em minha turma um aluno com síndrome de Down senti medo, pois sempre temos muitas idéias pré-concebidas antes de conhecermos de perto alguma coisa ou alguém, porém, logo no início esse medo inicial deu lugar a outros sentimentos. No início todos estavam assustados, o Pedrinho (nome fictício), por estar em uma turma com colegas e professora diferentes, os outros alunos, por notarem a diferença daquele colega e a professora também, por medo de não saber lidar com as possíveis situações que iriam surgir.
A primeira semana foi um pouco complicada, o Pedrinho chorava diversas vezes, agrediu alguns coleguinhas, porque estes, não sabendo lidar com aquele colega muitas vezes o magoavam. Logo que todos foram se conhecendo e as configurações de cada um ficaram mais claras o que aconteceu foi que a grande maioria dos alunos tornou-se muito amiga do Pedrinho e noto que ele está muito feliz na sala de aula, claro que acontecem conflitos, como em qualquer sala de aula, onde existem seres humanos, sejam crianças ou não.
Percebo que a família deste aluno, não tem muito comprometimento com a sua aprendizagem, ele frequentava a Apae e a mãe achou melhor tirá-lo de lá, por ela mesma. Combinamos que ela o ajudaria em casa, pois ele não está alfabetizado ainda, e já tem 14 anos, mas a última vez que foi à escola disse que não teve tempo ainda. Ele tem um pouco de dificuldade para falar e enxergar, mas é bastante esforçado e geralmente quer participar das atividades, percebo também que muitas vezes ele faz "manha", como todos os outros alunos que tenho.
Penso que os primeiros passos dados foram positivos, pois criou-se uma relação de afeto entre todos da turma, o que vai facilitar muito o trabalho...
O medo inicial deu lugar à vontade de descobrir jeitos de fazer com que todos os meus alunos consigam se envolver e construir conhecimento

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