quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aprender sempre...

Fazendo minhas actividades do Pead e já pensando nas próximas, estava pesquisando sobre cultura afro-brasileira na Internet e encontrei muitas coisas interessantes, lendas e sugestões de livros que podem dar um bom suporte no trabalho com etnias, para a valorização da identidade do povo brasileiro. Através desta pesquisa percebi que sabia muito pouco sobre a cultura afro-brasileira, lembro que na escola tudo que víamos sobre os negros era que tinham vindo da África, foram escravizados no Brasil, a princesa Isabel foi boazinha e assinou a lei áurea e que eles deixaram muitas contribuições para a formação do povo brasileiro. Lendo o material de pesquisa vi como é rica e extensa a cultura afro-brasileira e muito interessante, haviam coisas que eu nem imaginava e então me vieram muitas ideias em como trabalhar com meus alunos para que percebam, assim como eu começo a perceber agora, a beleza dessa cultura ainda tão discriminada. deixo aqui alguns links que visitei.
http://criancanegritude.blogspot.com/2006/08/contos-africanos.html
http://www.futura.org.br/main.asp?View=%7B51AB2CE1%2DBF99%2D4304%2DB6A2%2D3BFDA4CEB3EC%7D&Team=&params=itemID=%7B51A39D7C%2D74DF%2D7D53%2D0325%2D6D2800489FDE%7D%3B&UIPartUID=%7B3318E9B4%2DEA28%2D47EA%2DB431%2D504A05EE644F%7D

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estudo de Caso-continuação

Em minha escola há alunos com necessidades educacionais especiais estudando em turmas de ensino regular, mas existe também, uma turma de classe especial e uma turma criada este ano que participa do projeto acelera brasil, do governo federal. O espaço fisíco não está preparado para receber alunos com necessidades especiais, existem apenas algumas rampas, que não garantem o acesso a todas as áreas da escola e não há banheiros próprios. Não existem pessoas incumbidas de "auxiliar" os portadores de necessidades especiais, nem no processo de aprendizagem.
Por exemplo, existem em uma mesma turma duas alunas cadeirantes, quando é necessário ajudar na sua locomoção, visto que existem muitas escadas sem rampa de acesso, as pessoas o fazem por solidariedade, não há alguém designado para fazer isso. Em minha sala de aula, tenho um aluno com síndrome de Down e sinto a necessidade de ter alguém que pudesse auxiliá-lo constantemente nas atividades, pois sinto que para que ele aprenda necessita de muito acompanhamento, com 25 alunos na sala de aula é impossível atende-lo individualmente sempre. Claro que há boa vontade de todos, mas penso que é necessáriobem mais que isso, pois todos tem direitos iguais, ou seja a escola tem que ser igual para todos, deve oferecer os mesmos beneficios e se adequar as necessidades de cada um, então, fazer cumprir esses direitos é um dever de todo cidadão.
Penso que aos poucos a consciência de que direitos devem ser cobrados vai sendo incorporada no pensamento de todo cidadão, mesmo porque, todo esse contexto de inclusão ainda é muito novo nas escolas, pelo menos dessa forma. è preciso que todos unam esforços, pais, professores e o poder público, assim conseguiremos a força para que todos os direitos garantidos por lei sejam vivenciados na prática.
Em minha escola existe uma mistura de concepções do que é a inclusão, pois ao mesmo tempo que são aceitos alunos em turmas regulares, são criadas turmas especiais, para alunos com necessidades, uma grande contradição de concepções, porém como escrevi antes, penso que por ser um momento novo, ainda estamos passando por uma transição.
Nas turmas de educação especial (classe especial e acelera Brasil), o trabalho é diferenciado, com muito material concreto e jogos, claro que se trabalha dessa forma nas outras turmas, por se tratar de uma escola de séries iniciais, porém a própria concepção de tipo de aluno determina o modo como será desenvolvido o trabalho em sala de aula, na turma do programa "Acelera Brasil", as aulas vem prontas, uma supervisora encaminhada pelo programa acompanha a turma. Nas turmas regulares o trabalho é mais livre e fica a critério de cada professor com poucas orientações da coordenação pedagógica da escola, sabendo que a escola é estadual. Contamos com alguns recursos, como uma sala de jogos, uma sala com espelhos, designada para trabalhar com expressão corporal, vasto material de leitura e de educaçção fisíca e temos também uma sala de computadores, onde, porém não temos alguém designado para trabalhar com informática, assim este espaço raramente é usado.
Enfim, penso que nossa escola tem muito boa vontade, alguns bons recursos, que se forem bem usados, podem auxiliar na aprendizagem de todos os alunos, mas ainda falta mais planejamento para que ações sejam pensadas e realizadas.

Estudo de Caso

Já tive vários casos de alunos com necessidades especiais de aprendizagens, não por serem portadores de deficiência, mas por terem um tempo mais lento para a aprendizagem.
Este ano tenho em minha turma um aluno portador da Síndrome de Down, vou fazer meu dossiê em cima dessa experiência, já que estou vivenciando neste semestre.
Quando fiquei sabendo que teria em minha turma um aluno com síndrome de Down senti medo, pois sempre temos muitas idéias pré-concebidas antes de conhecermos de perto alguma coisa ou alguém, porém, logo no início esse medo inicial deu lugar a outros sentimentos. No início todos estavam assustados, o Pedrinho (nome fictício), por estar em uma turma com colegas e professora diferentes, os outros alunos, por notarem a diferença daquele colega e a professora também, por medo de não saber lidar com as possíveis situações que iriam surgir.
A primeira semana foi um pouco complicada, o Pedrinho chorava diversas vezes, agrediu alguns coleguinhas, porque estes, não sabendo lidar com aquele colega muitas vezes o magoavam. Logo que todos foram se conhecendo e as configurações de cada um ficaram mais claras o que aconteceu foi que a grande maioria dos alunos tornou-se muito amiga do Pedrinho e noto que ele está muito feliz na sala de aula, claro que acontecem conflitos, como em qualquer sala de aula, onde existem seres humanos, sejam crianças ou não.
Percebo que a família deste aluno, não tem muito comprometimento com a sua aprendizagem, ele frequentava a Apae e a mãe achou melhor tirá-lo de lá, por ela mesma. Combinamos que ela o ajudaria em casa, pois ele não está alfabetizado ainda, e já tem 14 anos, mas a última vez que foi à escola disse que não teve tempo ainda. Ele tem um pouco de dificuldade para falar e enxergar, mas é bastante esforçado e geralmente quer participar das atividades, percebo também que muitas vezes ele faz "manha", como todos os outros alunos que tenho.
Penso que os primeiros passos dados foram positivos, pois criou-se uma relação de afeto entre todos da turma, o que vai facilitar muito o trabalho...
O medo inicial deu lugar à vontade de descobrir jeitos de fazer com que todos os meus alunos consigam se envolver e construir conhecimento

terça-feira, 5 de maio de 2009

Cores e sabores...

Como é bonita a diversidade de culturas observadas no povo brasileiro, vendo os trabalhos de meus colegas, percebi a mistura de culturas em que estamos inseridos, penso que é quase impossível saber a origem certa de todas as receitas de culinária, por exemplo, tamanho entrelaçamento.
Percebi o quanto é importante trabalharmos esta diversidade com nossos alunos, pois somente conhecendo a raiz dessa diversidade poderemos conhecer nossa cultura para poder valorizá-la e nos reconhecer enquanto povo com identidade cultural própria.
Os trabalhos realizados na maioria das escolas, apenas faz referência às culturas que formaram a nação brasileira, falando de suas contribuições e não de como essas culturas foram sendo incorporadas e misturadas em uma só. é importante trabalhar a beleza dessas culturas para que todos os cidadãos sintam-se igualmente partes integrantes da sociedade e não meros contribuintes.

Filosofando...

Nada fácil argumentar, através da interdisciplina Filosofia da Educação, tivemos a oportunidade de defender uma posição, inicialmente pré -definida pelo professor e depois, pensando sobre o assunto, tomar uma posição particular. O interessante é que pensei em questões com o mesmo debate ético ocorridos em nossa sociedade e me deparei com um impasse , pois minhas opiniões não eram iguais. A questão sugerida na atividade, era a de avaliar a visão de um antropólogo, que, indo pesquisar um povo nativo, de uma determinada ilha, decide não interferir em nada o modo de pensar, agir, crer e ser daquela sociedade em questão, pensei então em muitos fatos que podemos acompanhar nos telejornais, como de uma menina indígena, que ficou doente e contrariando a cultura de seu povo teve que ficar num hospital por ordem judicial. Defendi a decisão do antropólogo, na atividade e me recordo que quando vi a reportagem pensei que realmente a menina deveria ser tratada com os recursos médicos e não apenas pelo pajé de sua tribo. Percebi como, sem pensar muito, impomos nossa cultura, nossos valores, nossas "verdades", como absolutas, sem respeitarmos as diferenças, sem enxergar que existem várias verdades. Imagino que assim, a cultura ocidental do capitalismo, individualismo, etc, vem destruindo todas as culturas existentes nas pequenas comunidades, aquela que aprendemos com nossos avós, pois sempre julgamos a verdade do senso comum, como sendo a verdade absoluta, a inquestionável e o que vemos todos os dias através dos meios de comunicação, grandes formadores de opiniões dos nossos tempos, é a cultura do eu, cada um por si e que se "danem os outros". Como professora, me sinto no dever de trabalhar no sentido de construir uma visão de mundo diferente, onde as pessoas se respeitem, aceitem-se e entendam que na diferença está a beleza da vida, para que assim, possamos ter uma sociedade mais igual, mais solidária.